Se ainda não tem um, mais tarde ou mais cedo, o seu filho vai pedir-lhe um pequeno animal para ter lá em casa. Mas calma, não vai ser nenhum bicho-de-sete-cabeças. Nós explicamos-lhe como o Rio SulShopping o pode ajudar a sobreviver.
Um animal de estimação pode ser só mais um membro da família, sem todas aquelas dores de cabeça que imaginamos. Patrícia Guimarães, médica veterinária e cirurgiã, explicou à What’s On quais são os cuidados que deve seguir para o manter saudável. Se é o primeiro bicho lá em casa, saiba que ele vai ser também o mais caro.
Os animais precisam de “vacinações e estas necessitam de reforços — que apenas podem ser administradas em clínicas veterinárias — durante o primeiro ano”. No entanto, e antes de tudo, a especialista aconselha que se espere um tempo “para o animal se ajustar ou habituar ao novo lar”. Depois de estar mais adaptado à casa e da sua imunidade ter estabilizado — já que ele foi afastado da mãe ou do local onde se encontrava —, “deve realizar um exame médico e, se estiver em bom estado de saúde, começar o protocolo vacinal”. Patrícia Guimarães esclarece que, embora o procedimento seja “mais ou menos equivalente, os cães têm dois reforços e os gatos só têm um”. No caso das “vacinas infetocontagiosas mais genéricas, apenas será necessário reforçar o animal anualmente, após o primeiro ano”.
Para além das imunizações, há a desparasitação interna e externa. A responsável da “VetCare — Clínica Veterinária Dra. Patrícia Guimarães”, no Porto, acrescenta que a primeira é realizada mensalmente até aos seis meses de idade (tanto em gatos como em cães). Depois, o procedimento é efetuado de quatro em quatro meses ou, como as novas normas aconselham, de três em três meses e pode ser feito em casa, não sendo necessária a intervenção de um profissional. Já a desparasitação externa deve ser realizada todos os meses, “independentemente de serem animais que andam na rua a passear com o dono ou que fiquem mais por casa” (como no caso dos gatos).
Para além das imunizações, há a desparasitação interna e externa.
“Os donos percorrem as ruas, locais onde existem outros animais e há pulgas e carraças, e podem levar os ovos e os insetos nos sapatos para casa, passando-os para o animal”, alerta. O desparasitante pode ser comprado em qualquer loja de animal, seja em spray, em pipeta ou em comprimidos (alguns com a duração de três meses).
É importante ter também atenção à sua higiene. Por exemplo, “o corte de unhas é importante, porque há animais cuja mobilidade pode ser comprometida, já que se as garras crescem demasiado ao ponto de poder enrolar e provocar danos” nas extremidades do bicho. Além disso, continua a médica, “as unhas das patas da frente não apoiam tanto no chão e não há desgaste”. Posto isto, as garras enrolam e “causam infeções”. Quanto ao banho, que é importante por causa do mau cheiro, se for feito em casa, fica o alerta da veterinária: “Não se devem usar os pós como o pó-de-talco, muito usado antigamente, porque fazem obstrução dos poros. Deve usar-se apenas o champô próprio para o animal em questão (gato ou cão)”.
Não se devem usar os pós como o pó-de-talco, muito usado antigamente, porque fazem obstrução dos poros
Há também o corte de pelo higiénico. E embora exista a ideia que ao cortá-lo, o procedimento faz com que haja menos queda, não é bem assim. Existe queda de pelo duas vezes por ano, em que o organismo do animal o processa normalmente, sendo uma reação “de habituação a uma nova temperatura (que ocorre especialmente durante a primavera e no outono) e não é nada de estranho”. Contudo, vivemos um período de oscilações climatéricas não habituais e a queda “poderá ocorrer mais ocasionalmente”. Aparar o pelo do animal pode ser “uma questão de estética”, mas também serve “para melhorar as condições do animal”, se este tiver uma penugem maior e incómoda, por exemplo.
A saúde da boca é outro ponto que não deve ser descurado, especialmente em cães, já que “podem desenvolver a acumulação de tártaro e uma série de complicações a partir daí”. Existem “pasta dos dentes específicas e não tóxicas, porque eles não cospem como nós e estas podem ser engolidas sem qualquer problema para o animal”. Outras opções aconselhadas pela responsável veterinária são os ossos com enzimas específicas para prevenção (não para tratamento) e líquidos próprios que se dissolvem na água ou biscoitos, mas estes últimos devem ser limitados a uma determinada quantidade. Quando existe excesso de acumulação de tártaro, os animais têm de ser sedados e entubados — o que funciona quase como uma cirurgia —, porque não abrem a boca. “O ideal é evitar chegar a esse ponto optando pela prevenção, embora existam raças de cães de porte pequeno que tendem a acumular excesso de tártaro naturalmente”, disse ainda a veterinária. Os ossos, os pós ou os biscoitos devem ser dados todos os dias e não apenas uma vez por semana, preveniu.
Os ossos, os pós ou os biscoitos devem ser dados todos os dias e não apenas uma vez por semana.
Os ouvidos são outra área bastante sensível no animal e, para evitar otites, devem ser limpos com um produto específico e verificados “todos os dias”, mas especialmente antes e depois de entrarem na água. Há raças com propensão para o crescimento de pelo dentro dos ouvidos, excesso que deve ser retirado e, de preferência, por pessoal qualificado. Esse acúmulo cria humidade no ouvido e aglomeração de cerúmen que, por sua vez, desencadeia o desenvolvimento de otites. Normalmente, uma limpeza semanal é suficiente.
A identificação com o microchip é outro ponto importante para quem adquire um novo animal. Esta deve ser feita entre os três e seis meses e é obrigatória por lei. Mais importante do que isso é o facto de “permitir reencontrar os animais que se perdem, especialmente durante festas como o São João, o Santo António ou a Passagem de Ano, já que muitas vezes se assustam com o fogo-de-artifício e fogem”, relembrou Patrícia Guimarães. Os donos também não devem descurar cuidados durante o transporte e, para evitar acidentes, existem cintos próprios para o carro (cães) ou jaulas transportadoras com cinto (gato).
Se gostaria de adquirir um novo animal de companhia, seja este um gato, um cão, um coelho, um peixe ou um hamster, entre outros, na Quatro Patas Lda do Rio SulShopping irá encontrar o que procura. O espaço possui todo um leque de produtos para cuidar do seu animal de estimação, como desparasitantes, alimentação, snacks e acessórios – coleiras, bebedouros, comedouros, brinquedos e trelas, entre outros para higiene e saúde (champôs, corta-unhas, etc.) – e usufruir de cuidados de pele e pelo, já que o espaço dispõe de serviço de banhos e tosquias.